sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012




Que esse ano que entra seja a entrada de muita paz, saúde, alegria no coração de todos, que Deus derrame o poder de bençãos na vida de todos, que nesse ano de 2012 seja repleto de amor, felicidade...sempre com Cristo Jesus em todos momentos, assim tudo será mais mais fácil, para você alcançar, conquistar, aprender. E que esse 2012 seja o ano da amizade, amor, ajuda, você sempre terá alguma coisa para dar, nem que seja um sorriso, amar a Deus é amar o seu próximo, não apenas de palavras mas de gestos, dessa maneira o caminho da sua felicidade estará 1 milhão de vezes mais fácil.

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Mateus 22:37-39.



Mesmo nos momentos dificeis, tristes...com Deus no controle tudo se transforma em bençãos: dará vida ao vale de ossos secos, mandará maná dos céus, transformará água em vinho, multiplicará pães e peixe. E em muitos momentos para você chegar até aquela benção, Ele quer te usar antes como instrumento para que seja manisfetado o poder do SENHOR  na Terra, então quanto maior o obstáculo, dificuldade, creia que Deus está no controle de tudo.

E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. João 9:1-3

FELIZ ANO NOVO DE 2012. QUE DEUS ABENÇOE A TODOS.

sábado, 24 de dezembro de 2011



Assim como o Natal, simboliza o nascimento de Jesus Cristo que veio ao mundo enviado por Deus para ser o Salvador de todos, sofrer em nosso lugar, tomar as nossas dores, doenças e pecados, seja na vida de cada um o começo, inicio, o nascimento de uma nova vida, aonde renascerá uma nova pessoa, aonde a vida transbordará de alegria, felicidade...o coração encherá de bondade, amor...o espirito será ilimitado de sonhos realizados, sabedoria...tudo graças ao Espirito de Deus, no Nome de Jesus, que estará em você.

Que Deus abençoe todos abundantemente. 




quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O QUE A EUROPA PRECISA PARA SAIR DA CRISE?II



Como eu falei no artigo anterior O QUE A EUROPA PRECISA PARA SAIR DA CRISE? http://blogdobaruque.blogspot.com/2011/12/o-que-europa-precisa-para-sair-da-crise.html 
Que precisaria resolver o problema das dividas dos países da Zona do Euro, que chegam a ter dividas à 200% do PIB, como é o caso da Grécia. Assim precisaria criar o imposto único em todos países só para pagar as dividas, aonde teria reunião com todos representantes dos 17 países do Euro, para decidirem a destinação e prioridades da arrecadação. Na verdade não precisaria criar nenhum imposto, na maioria dos países só precisaria abrir mão de um imposto como por exemplo IOF, para esse plano para equilibrar as dividas do Continente Europeu.

Falei que o Banco Central Europeu não podia pensar só na moeda (Euro), mas sabemos que os instrumentos do BC Europeu é limitado http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,bce-empresta-o-valor-historico-de-€-489-bi-a-bancos-europeus,96795,0.htm . Com a criação do imposto único da Zona do Euro, será obrigatorio que dentro da comissão dos represantantes dos 17 países, nomear o responsável pela arrecadação e destinação dos recursos para os países que seguirem suas responsabilidades fiscais e orçamentarias, como Ministro da Fazenda/Economia da União Européia.          

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O QUE A EUROPA PRECISA PARA SAIR DA CRISE?


Em uma crise, provocada principalmente por dividas dos países que formam a União Européia, que se preocuparam somente em criar uma moeda única em 17 países conhecido como Euro, e se esqueceram da responsabilidade fiscal. Hoje o maior país afundado em divida e crise é a Grécia, com uma divida de 200% do PIB, e em 2011 deve sofrer uma recessão 5,5%. Portugal outro país a beira da crise está com uma divida em aproxidamente 90% do PIB, também já se comprometeu a fazer varios planos de austeridade para receber ajuda do FMI, e da União Européia.

Imposto é uma das coisas que mais impede uma economia de crescer, mas pior que alta carga tributaria para o desenvolvimento é a divida de um país aonde a sua multiplicação, faz o seu PIB encolher, com pespectivas negativas fazendo o governo a cada mês, ter um montante cada vez maior tirado do orçamento, só para pagar juros da divida, em empresas privadas dessa forma começa as concordatas até chegar a pedir falencia.

A União Européia, além do Banco Central Europeu cuidar da moeda (Euro), precisa ter planos com leis de responsabilidade fiscal, aonde é feito e exigido pelo FMI, quando ajuda países com crises. O mais importante para os países europeus é:
Disciplina orçamentaria/fiscal ajuda à não entrar em crises financeiras, mas não muito para sair. A União Européia precisa urgente criar imposto ou até impostos únicos nos 17 países da zona do Euro, que gere bilhões por mês só para pagar dividas dos países, com comitivas formadas com representantes dos países, só para cuidar da destinação e porcentagem da arrecadação, para cada país e prioridades.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

REPORTAGEM DA ISTOÉ E ÉPOCA:DILMA ROUSSEFF

 

ISTOÉ:Dilma Rousseff - Brasileira do Ano 2011

No primeiro ano de mandato, a presidente Dilma mostrou pulso firme, manteve o país na rota do crescimento da era Lula e foi destaque na cena internacional


Suceder ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mais carismático e popular da história do Brasil, era, sem dúvida, um grande desafio. Mas a primeira mulher a governar o País não costuma recuar diante de obstáculos. Ao contrário, o que mais emociona a presidenta Dilma Rousseff são exemplos de superação diante das dificuldades da vida. E, neste primeiro ano de mandato, ela deu prova de sua determinação. Comandou um agudo corte orçamentário, mas sem descuidar do crescimento e da geração de empregos. Sob a batuta de Dilma, o Brasil foi uma das poucas economias a crescer em meio a uma gravíssima crise internacional. Em poucos meses, Dilma mostrou seu estilo firme de administrar e bateu o recorde de aprovação da opinião pública em início de governo, deixando para trás o próprio Lula. Em suas viagens ao Exterior, ela também conquistou projeção imediata. “O Brasil hoje se encontra numa situação única. Somos respeitados, sobretudo, porque o mundo percebe a força de ter 190 milhões de habitantes, num regime democrático, capitalista, cumpridor dos contratos e com um imenso viés social”, festejou a presidenta Dilma Rousseff ao receber ISTOÉ em seu gabinete no Palácio do Planalto.

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Octávio Costa e Adriana Nicacio


O Brasil, de fato, é a bola da vez na cena internacional. Mas Dilma Rousseff impôs sua presença com uma rapidez impressionante. Primeira mulher a abrir a Assembleia-Geral da ONU, a presidenta da República hoje é considerada a terceira estadista mais poderosa do mundo, em ranking da revista “Forbes”. Tem à frente apenas a chanceler alemã, Angela Merkel, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. A tradicional revista “The New Yorker” chamou-a de “A Ungida” e afirmou que Dilma “está conduzindo o País num boom econômico”, dando lições de boa governança até mesmo ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Num misto de modéstia e gratidão, a presidenta diz que deve ao ex-presidente Lula a acolhida generosa por seus pares nos fóruns multilaterais. Ela cita como exemplo o que aconteceu durante a reunião do G-20, nos dias 3 e 4 de novembro em Cannes, na França, quando os presidentes das 20 maiores economias discutiram a crise global. Dilma contou à ISTOÉ que, assim que tomaram conhecimento de que Lula havia sido internado para se tratar de um câncer na laringe, todos os estadistas fizeram questão de manifestar solidariedade.

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PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA
A presidenta Dilma foi reverenciada por líderes mundiais ao ser
a primeira mulher a abrir a reunião da Assembleia-Geral da ONU
Mas um gesto chamou em especial a atenção da presidenta. Conhecido por sua feição sempre compenetrada – há quem diga que ele poderia ver uma bomba atômica explodir sem piscar os olhos –, o presidente da China, Hu Jintao, aproximou-se de Dilma e disse ao pé do ouvido: “Quero lhe pedir para manifestar ao presidente Lula meus votos de recuperação. Não me dirijo ao líder latino-americano nem ao ex-presidente do Brasil, e, sim, ao meu amigo Lula.” Ao destacar o episódio, a presidenta conta às gargalhadas como se deu a aproximação de Lula e Hu Jintao. Então ministra da Casa Civil, ela foi à Coreia na comitiva presidencial. “Num corredor, Lula avistou o presidente chinês e gritou: Hu Jintao! Pegou na bochecha dele e disse que estava com saudades. Falava em português, como se o Hu Jintao estivesse entendendo tudo. Daquele jeito que só Lula tem, abraçou-o e saiu andando com ele”, lembra. A conclusão de Dilma é de que herdou as relações afetivas que só o ex-presidente é capaz de construir. É natural, portanto, que ela tenha sofrido um choque com a doença de seu dileto amigo. “Nos falamos quase diariamente. Ele está bem”, torce a presidenta.

A boa notícia do ano, na visão da presidenta da República, foi o desempenho da economia. Dilma soube antever que os problemas externos, mais cedo ou mais tarde, iriam bater à porta e decidiu conduzir a política econômica com todo rigor. Em dezembro as previsões indicam que a Europa e os Estados Unidos estão à beira da recessão. Mas para o Brasil as expectativas são otimistas. A economia deve crescer 3,4% neste ano e 3,2% em 2012. A taxa de desemprego caiu para 5,8%, o menor índice para o mês de outubro desde 2002, e o número de trabalhadores com carteira assinada subiu 7,4%. “Foi um ano muito bem-sucedido”, comemora a presidenta.

img2.jpgEM DESTAQUE
Foto oficial de Dilma passou a compor, este ano, a
galeria e presidentes da República do Palácio do Planalto
No governo Dilma, voltou a reinar a paz entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central. Alexandre Tombini, no BC, e Guido Mantega, na Fazenda, conduzem a economia em total sintonia. Para evitar conflitos, ninguém mais no governo fala sobre economia. Só Mantega e Tombini estão autorizados a dar declarações e fazer análises de conjuntura. Nesse clima amistoso, o Planalto pôs em prática o antigo desejo de reduzir os juros para ampliar a taxa de investimento interno e baratear o crédito. O primeiro corte de juros veio em 1o de setembro e, como era de esperar, provocou uma reação histérica do mercado financeiro. Alguns analistas atribuíram a decisão do Copom à intervenção do Planalto na política monetária e previram o pior para o País. A presidenta Dilma, entretanto, reafirmou a autonomia do BC e, hoje, faz um brinde ao acerto da decisão. “O Banco Central provou que consegue manter a estabilidade da economia. Persegue com sucesso todas as condições de solidez macroeconômica para podermos crescer”, diz ela.

Convicta de que o País vai continuar a nadar contra a maré internacional, a presidenta concentra seu foco na área social. Ela destaca o lançamento de projetos estratégicos para a correção de desigualdades históricas. O Bolsa Família, com peso cada vez maior nas crianças, é um dos pilares do programa Brasil sem Miséria. Atualmente, dos 16,2 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza, 40% são menores de 14 anos. “Minha obsessão é garantir a essas crianças e a esses adolescentes o acesso a uma boa alimentação e às políticas de educação e saúde”, afirma a presidenta. O Água para Todos, lançado em julho, faz parte dessa preocupação. Na Saúde, a presidenta dá ênfase à distribuição gratuita de remédios para diabetes e hipertensão. Desde fevereiro, mais de 6,5 milhões de medicamentos foram distribuídos. “Isso mostra como tinha gente que precisava de remédio sem conseguir”, constata. A presidenta diz que essas são as duas doenças que mais matam no Brasil. E faz referência especial aos programas SOS Emergência, Saúde em Casa e Melhor em Casa, que têm como meta enfrentar a superlotação nos prontos-socorros e a falta de leitos nos hospitais.

img7.jpgA CRIATURA E O CRIADOR
Lula e Dilma usam cocar indígena durante inauguração de ponte sobre o rio Negro, em Manaus
Dilma Rousseff também considera importantíssimo o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Para ela, “trata-se da maior reforma da educação profissional já feita no Brasil”. Até 2014, o governo federal vai criar oito milhões de vagas na capacitação de jovens e adultos. Em outra frente, o Ciência sem Fronteiras pretende distribuir 100 mil bolsas de estudo no Exterior a universitários brasileiros. “Queremos colocar gente no Exterior fazendo bolsa sanduíche na graduação e no doutorado. O desafio para mudar o País está na ciência e tecnologia e passa pela educação”, avalia. O Brasil, a seu ver, tem que entrar em outro patamar: “A indústria automobilística não pode só importar carros prontos. Não somos tupiniquins. Isso vale também para as sondas da Petrobras.”

Em contraste com os avanços na área social e o êxito econômico, a cena política foi marcada por sobressaltos. Desde a demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, em 7 de junho, o País assistiu à queda de praticamente um ministro por mês. Assessores da presidenta, porém, argumentam que a política e as relações com o Congresso são tradicionalmente um terreno movediço. “Essa área nunca é fácil”, afirma uma fonte do Planalto. E garante que a presidenta Dilma tratou as demissões de seus ministros como “ossos do ofício”, preocupada, acima de tudo, em não paralisar seu governo. Embora discuta a reforma ministerial da forma mais reservada possível, com consultas indiretas aos interlocutores, Dilma fará uma troca de cadeiras no início do ano.

APESAR DO CORTE ORÇAMENTÁRIO, OBRAS PARA A COPA
DE 2014 OBEDECERAM AO CRONOGRAMA IMPOSTO POR DILMA
img4.jpgDE OLHO NA COPA
Ao lado de Pelé, Dilma vistoriou as obras da reforma do estádio do Mineirão, em Belo Horizonte
Para além das preocupações e da pesada rotina do cargo, recomenda-se a quem quiser ter uma conversa mais descontraída com a presidenta Dilma que se informe sobre o mundo das artes plásticas. A presidenta é apaixonada por pintura, especialmente pelo acervo do museu Jacquemart-André, no boulevard Haussmann, em Paris. Ali estão, por exemplo, quadros da pintora clássica francesa Elisabeth Vigée-Le Brun, uma das preferidas de Dilma. A presidenta gosta muito de um retrato que Le Brun pintou de Maria Antonieta, a rainha que foi decapitada na Revolução Francesa. A presidenta também elogia a coleção de autorretratos da Galeria Uffizi, em Florença. Ao passar por Paris, na volta da reunião do G-20, em Cannes, Dilma “morreu de vontade” de visitar o Centro Georges Pompidou para ver a exposição do norueguês Edvard Munch, pioneiro do movimento expressionista. Mas a logística de segurança não permitiu, pois a presidenta é sempre acompanhada por um batalhão de fotógrafos. Após as eleições em 2010, ela foi a Paris e revisitou o museu Jacquemart-André. “Todos entraram atrás de mim. A gerente me perguntou se eu estava acompanhada. Disse que não. Mesmo assim, ela pediu que eu me retirasse. Saí com muita vergonha”, confessa.

A paixão pela arte não impediu que a presidenta tornasse pública a rejeição ao ambiente frio do Palácio da Alvorada, obra do arquiteto Oscar Niemeyer. Ela explica que não tem nada contra o Palácio, mas ressalta que não foi feito para morar. Considera a biblioteca maravilhosa, porém sente falta de uma cozinha pequena, pelo menos para esquentar água. A cozinha do palácio fica na extremidade oposta ao quarto da presidenta. Apesar dos senões, a presidenta afirma que “o Alvorada é de dar orgulho aos brasileiros e é adequado a um país como o Brasil”. É um monumento que não deixa a desejar, segundo ela. “Você vê o espanto na cara das pessoas”, diz, e lembra que o presidente Obama ficou embasbacado ao visitá-lo. As filhas de Obama diziam: “Pai, é o palácio mais bonito que conhecemos.”

CUMPRINDO UMA PROMESSA DE CAMPANHA, DILMA ANUNCIOU
A AMPLIAÇÃO DOS PROGRAMAS MINHA CASA MINHA VIDA E PAC 2
img5.jpgFOCO NO SOCIAL
A presidenta lançou, em junho, a segunda fase do principal programa habitacional do governo
img6.jpgNOVO FÔLEGO
Construção do navio Celso Furtado marcou a retomada da indústria naval
No plano administrativo, Dilma Rousseff se emocionou com a criação da Comissão da Verdade, que vai apurar os crimes da ditadura militar, e a sanção da lei de Acesso às Informações Públicas, que prevê o sigilo máximo de 50 anos para documentos oficiais. A presidenta também foi às lágrimas em outros eventos: no lançamento do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e ao receber em audiência atletas dos Jogos Parapan-Americanos. Ela admite que exemplos de superação mexem com seu coração. “Fiquei impressionada com aquele menino (o nadador Daniel Dias) com 11 medalhas. Ele me disse que transformou o defeito em vantagem”, conta. Dilma diz que “viver é perigoso”, citando Guimarães Rosa, mas acrescenta que vencer obstáculos é mais difícil ainda para quem tem restrição física.

Na verdade, superação de dificuldades é um traço marcante da vida de Dilma Rousseff, que completa 64 anos no dia 14 de dezembro. Filha de um imigrante búlgaro, ela participou da luta armada, foi presa, torturada e sobreviveu aos carrascos por milagre. Conseguiu reconstruir sua vida e, hoje, é presidenta da República. O que espera para o futuro? Dilma bate três vezes no tampo da mesa, três vezes na parte de baixo e responde: “Lula me deixou um legado e eu vou passá-lo para a frente. Estamos construindo tudo para esse País crescer de forma segura e sustentável.”  
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ÉPOCA:Foto histórica traz Dilma sendo interrogada pela ditadura militar



Uma foto inédita da presidente Dilma sendo interrogada em um tribunal da ditadura militar foi publicada pela revista Época neste sábado (3). Imediatamente foi reproduzida por milhares de usuários das redes sociais, principalmente no Facebook.



Justiça Militar
 Dilma no interrogatório O interrogatório foi feito depois de 22 dias de tortura contra a presidente
A descoberta foi do jornalista Ricardo Amaral, autor do livro A vida quer coragem, uma biografia de Dilma que chega às livrarias na primeira quinzena de dezembro. Ricardo foi assessor da presidente na Casa Civil e na campanha presidencial e em sua obra conta a história da petista da guerrilha ao Planalto.

Resgatada dos porões da ditadura, a foto faz parte do processo contra Dilma na Justiça Militar. Foi tirada em novembro de 1970, quando ela tinha 22 anos. Segundo informações do livro, o interrogatório em questão foi feito após 22 dias de tortura e aconteceu na Auditoria Militar do Rio de Janeiro.

Chama a atenção na imagem a expressão dos algozes que faziam o interrogatório. Ambos escondem a cara como bandidos, da mesma forma que vemos cotidianamente em casos de prisões na frente de câmeras. A expressão dos bandidos de então contrasta com o olhar altivo da atual presidente.

Imagens de época

Não é a primeira vez que a revista dos Marinho traz imagens da Dilma guerrilheira. Em agosto de 2010, menos de dois meses do primeiro turno da eleição presidencial, a mesma revista Época trouxe uma reportagem intitulada "Dilma na luta armada".

A matéria tinha o claro objetivo de assustar uma parcela mais conservadora do eleitorado. Um dos  inter-títulos era “Dilma foi denunciada por chefiar greves e assessorar assaltos a banco”. A matéria propaganda, que tinha a intenção de ser negativa, acabou trazendo o maior ícone virtual da campanha de Dilma dali pra frente.

O diretor de arte da publicação teve a idéia de pegar uma foto que a ditadura tirou da guerrilheira e aplicar em pop art. Pronto. Em poucos dias, eleitores da petista transformaram o símbolo em avatar de perfil em rede sociais.

Da internet, o ícone ganhou as ruas. Foi alterada em dezenas de versões, virou camisetas, foi transportada para cartaz, grafitagem e acima de tudo, virou o símbolo de uma campanha jovem e ousada, contra a conservadora campanha de José Serra.

De Brasília,
Kerison Lopes